A árvore genealógica das distribuições
Carlos E. Morimoto
No começo, instalar o Linux era
uma tarefa ingrata. Tudo o que existia era o código-fonte do kernel, que
precisava ser compilado (usando o Minix ou outro sistema operacional) e
combinado com outros utilitários e bibliotecas
(que também precisavam ser compilados, um a um) para que você tivesse um
sistema operacional funcional. Isso explica por que nos primeiros
meses, após o célebre anúncio feito por Linus Torvalds em agosto de
1991, o Linux tinha apenas algumas dezenas de
usuários, a maior parte deles programadores, que em maior ou menor grau
participavam do desenvolvimento do sistema.
Alguém
chegou a uma conclusão óbvia: por que não distribuir versões já
compiladas do sistema, que pudessem ser instaladas diretamente? Surgiram
então as primeiras distribuições Linux, que rapidamente passaram a
ganhar novos
adeptos.
Hoje em dia existem mais de 500
distribuições Linux, contando apenas as ativas. Apesar disso, 98% delas
são personalizações de outras distribuições já existentes, de forma que,
se você começar a estudar um pouco sobre a
árvore genealógica das distribuições, vai perceber que existem menos de
10 distribuições principais (Debian, Red Hat/Fedora, Mandriva, Ubuntu,
Slackware, Gentoo, etc.) das quais todas as outras são derivadas.
Por
mais diferente que seja a aparência e a escolha de softwares
pré-instalados, as distribuições derivadas mantêm muitas das
características da distribuição-mãe, de forma que se você consegue
aprender a trabalhar com as
distribuições principais, passa a não ter grandes problemas ao trabalhar
com qualquer uma das distribuições derivadas delas.
Minha
proposta é permitir que você tenha uma visão abrangente do sistema e
consiga utilizar qualquer distribuição, migrando de uma para outra sem
muita dificuldade. Com isso, você pode ter uma distribuição principal,
com a
qual tem mais afinidade e onde se sente mais em casa, mas também ter um
bom conhecimento sobre as outras, o suficiente para conseguir fazer o
que precisa. Vamos lá. :)
Por Carlos E. Morimoto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário